quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Como ter uma Boa alto estima

Como  ter uma  Boa  alto estima

Até este ponto foi esclarecido que auto-estima é um sentimento; que a criança não nasce com auto-estima, mas que tal sentimento pode ser desenvolvido durante a vida da pessoa; que, como qualquer outro sentimento, ela é o produto de contingências de reforçamento, contingências essas que os pais podem apresentar para a criança, desde que devidamente orientados sobre como fazê-lo. Que contingências produzem, então, auto-estima? 




A auto-estima é o produto de contingências de reforçamento positivo de origem social. Assim,
sempre que uma criança se comporta de uma maneira específica, e os pais a conseqüenciam com alguma forma de atenção, carinho, afago físico, sorriso (cada uma dessas manifestações por parte dos pais pode ser chamada de reforço social generalizado positivo ou conseqüência positiva), estão usando contingências de reforçamento positivo,

estão gratificando o filho. Por outro lado, toda vez que uma criança se comporta e os pais a repreendem, a criticam, se afastam dela, não a tocam, nem conversam com ela (cada uma dessas manifestações por parte dos pais pode ser chamada de estímulo aversivo ou conseqüência negativa), estão usando contingências coercitivas ou punindo o filho.

 A primeira condição aumenta a auto-estima, a segunda a diminui. O uso de contingências reforçadoras positivas apresenta várias vantagens: 1. Fortalece os comportamentos adequados do filho que são conseqüenciados dessa forma; 2. Produz maior variabilidade comportamental, pode-se dizer que a criança fica mais criativa; 3. Desenvolve comportamentos de tomar iniciativa; 4. Produz sentimentos bons, tais como satisfação, bem-estar, alegria, auto-estima etc



O fundamental para o desenvolvimento da auto-estima é o reconhecimento que os pais expressam ao filho pelos seus comportamentos. Assim, é importante salientar o você na frase que explicita o elogio e não apenas o comportamento: “Você me deixou feliz com seu boletim” é muito melhor que “As notas do seu boletim me deixaram feliz”; “Que mangas deliciosas você apanhou na mangueira da vovó” não é uma frase tão rica quanto “Você conseguiu apanhar na mangueira da vovó umas mangas deliciosas”; “Quando você está assistindo ao jogo na TV, eu me animo para ver a partida” é mais importante que “Vamos assistir ao jogo na TV?” etc.. 

Note que em todas as frases há um elogio, uma forma de reforçamento positivo social; no entanto, algumas frases destacam a pessoa que emitiu o comportamento. É esse tipo de comunicação que melhor desenvolve a auto-estima, uma vez que dá destaque à pessoa e não ao comportamento. O reconhecimento do outro não desenvolve, como se poderia imaginar, dependência na pessoa que foi elogiada. Pelo contrário, sentindo-se amada pelo outro, ela aprenderá a amar a si mesma, e, a partir deste processo de vivência comportamental, vai se diferenciando das outras pessoas e se tornando independente: ela se ama, aprende que é bom ser amada pelo outro, mas não precisa ser amada por ninguém em particular (pois se precisasse, então, existiria a dependência).

 A pessoa com boa auto-estima aprende a exercitar o auto-reconhecimento: discrimina que é capaz de emitir comportamentos e que é capaz de produzir conseqüências reforçadoras para ela (por exemplo, pensamentos que explicitam auto-reconhecimento poderiam ser: “Eu sabia que ia dar certo: planejei com cuidado todos os detalhes da festa. Foi um sucesso, super divertida.”; “Tenho treinado com afinco para a maratona. Meu tempo na prova foi um prêmio merecido pelo meu esforço.”). Ela é livre do outro para produzir o que é bom para ela (embora possa ter com o outro o que for bom para ambos, mas sem dependência).


Veja  Tambem.

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